No nosso canil achamos que o principal objectivo de qualquer criador de Border Collies deve ser criar cães sadios, física e mentalmente, que sejam cães de trabalho úteis.
Para prevenir o desenvolvimento de doenças genéticas, testamos os nossos reprodutores à Displasia da Anca, CEA (Collie Eye Anomaly) e PRA (Progressive Retinal Atrophy - atrofia progressiva da retina), os três problemas genéticos que mais afectam esta raça.
Além disso, os nossos cachorros são submetidos - até deixarem o canil a partir dos dois meses - aos mais variados desafios, para que haja um desenvolvimento das suas capacidades de raciocínio e destreza física e mental:
- andar em superfícies diferentes (carpete, madeira, plástico, calçada, relva, cimento, etc.);
- brincar com objectos variados (bolas pequenas, bolas grandes, cordas para roer, brinquedos com apito, peluches, etc.);
- visitar diferentes locais (o quintal, o campo, um parque, uma loja, a casa de alguém, etc.);
- ser expostos a diferentes desafios (subir uma caixa, subir degraus, atravessar túneis, atravessar portas, sair de cima de uma caixa, etc.);
- comer em diferentes taças (metal, plástico, faiança, etc.);
- comer em diferentes locais (cozinha, cave, quintal, dentro da caixa, etc.);
- estar com o maior número de pessoas (incluindo crianças e pessoas de idade).
E brincar... brincar muito.
O Border Collie distingue-se pela sua excepcional capacidade de pastoreio. Assim, esta directiva deve estar sempre presente quando se pensa em fazer criação. Apesar da raça ser também excepcional em desportos como o Agility e a Obediência de Competição, entre outros, é da responsabilidade de todos nós, criadores, manter a integridade do instinto de pastoreio nesta raça. Procuramos cães calmos e atentos - o histerismo de alguns exemplares torna-se contraproducente no trabalho - : no pastoreio, o cão deve trabalhar de uma maneira calma, para não espalhar as ovelhas. Nas outras modalidades, quanto menos calmo for o cão, mais difícil é de controlar e de se concentrar a fundo no trabalho.
No entanto, já se provou que um cão, para trabalhar, não precisa de ser feio. Procuramos, portanto, criar uma linha que trabalhe com carácter e versatilidade e que tenha também cães belos.
Com tudo isto em mente, tentamos, na melhor das nossas capacidades, escolher pais que se complementem e que tenham, ambos, algo a oferecer à futura ninhada e à raça.